- ‘Redenção do Can’ (1895), quadro de Modesto Brocos y Gomes que retrata uma avó negra, com sua filha mulata e genro e neto brancos. Segundo estudo brasileiro, a homogeneização do nosso povo é fruto da política histórica do governo de incentivar a vinda de imigrantes europeus e embranquecer a população.
A homogeneidade brasileira é, portanto, muito maior entre as regiões do que dentro delas, o que valoriza a heterogeneidade individual. Essa conclusão do trabalho indica que características como cor da pele são, na verdade, arbitrárias para categorizar a população. Além disso, promete ampliar a visão que se tem hoje sobre tratamentos médicos, muitas vezes diferenciados com base em critérios físicos.
“Cada pessoa deve ser tratada individualmente, e não como um ‘exemplar de um grupo de cores’”, alerta Pena. O aspecto clínico, no entanto, não é o único afetado por essa descoberta.
Sobre o impacto social da revelação de que a origem do povo brasileiro não é exatamente o que se imaginava, o pesquisador acredita que a reação da sociedade depende sobretudo de como a informação será divulgada. “Essa questão, aliás, chega à própria razão de ser da divulgação científica”, finaliza.
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